A vida começa a florescer quando cada coisa retorna ao seu devido lugar.
Segundo São Tomás de Aquino, a ordem é a harmonia interna do ser, o ajuste silencioso entre o que somos, o que fazemos e a quem amamos. Não é sobre ter tudo “arrumado”, mas sobre permitir que a hierarquia do coração governe nossos passos: Deus → cônjuge → pai/mãe → filhos/irmãos → amigos → trabalho → eu (como ser humano). Quando essa ordem se rompe, a alma sente:
— A ansiedade aumenta.
— Os relacionamentos se desajustam.
— As decisões perdem clareza.
— O coração se espalha em mil pedaços. A virtude da ordem restaura o que foi disperso.
Ela nos devolve o centro, o eixo, o chão firme.
Ela cura o excesso, o descontrole, o ativismo, o querer abraçar tudo e salvar todos. Ordem é um ato de amor:
colocar cada vínculo no seu lugar justo,
cada responsabilidade na sua medida,
cada afeto na sua função,
cada escolha na sua luz. E quando a ordem volta, tudo respira. Porque: “A paz é a tranquilidade da ordem.”
— Santo Agostinho, a frase-base usada por Tomás. A alma em ordem não é a alma perfeita.
É a alma posicionada, inteira, orientada para o Bem. Reorganizar-se é um movimento espiritual, emocional e humano.
“O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos”.
É alinhar a vida dentro e fora.
É finalmente poder dizer:
__ Agora posso caminhar sem me perder.